Nas margem esquerda da estrada da vida Sem ter um amparo eu te conheci Não tinha sequer um amigo ou parente Pois todos fugiam, falando de ti. Não quis o destino, cruel, caprichoso Que me apaixonasse por ti loucamente E no entardecer de tua vida em trevas Lhe dei a magia de um sol nascente Os doces momentos do sonho impossível Há anos fugiram com a realidade O mesmo destino que trouxe a esperança Levou-a de novo deixando a saudade E hoje tão triste a realidade Que a mim Deus dita e nem acredito Fugistes de mim ficando tão longe Igual um pontinho no azul do infinito Agora contemplo espelho da vida E as lágrimas tristes que eu já chorei E vejo o desfecho de um sonho tão lindo Estou no lugar do qual te livrei