Olha a noite, Olha a noite, Eu sou um pobre jornaleiro, Que não tenho paradeiro, Ai, ninguém tem vida assim, Digo adeus a toda gente, As vezes fico contente, Ninguém tem pena de mim. Eu vivo sempre a sofrer, Óh, que destino é o meu, Eu que fui sempre jogado, Vou vivendo amargurado, Óh que sorte Deus me deu. Olha a noite, Olha a noite. Eu vivo sempre a sofrer, Óh, que destino é o meu, Eu, que fui sempre enxotado, Vou vivendo amargurado, Óh, que sorte Deus me deu. Olha a noite, Olha a noite. Quando o sol vai se escondendo, Eu vou me entristecendo, Porque tenho coração, Vivo sempre amargurado, Como as folhas a meu lado, Cumpri com a minha missão. Eu vivo sempre a sofrer, Óh, que destino é o meu, Eu, que fui tão maltratado, Vou vivendo amargurado, Óh, que sorte Deus me deu. Olha a noite, Olha a noite, Olha a noite, Olha a noite.