Na briga, na fuzarca do Bixiga, Se eu gostasse de intriga, De que lado que eu ficava? Ficava era do lado da varanda A dançar a sarabanda Que lá dentro reboava. Ficava dando bola e dando trela, Quando o trato se atropela Vou pegando o meu chapéu. Tinha farofa amarela, tutano sem osso. Portão sem tramela, angu de caroço. Quem era moço foi pro beleléu. Nego de boca no pote, cadeira cativa. A mão no rebote, malandro da ativa. O barco à deriva, a sorte ao léu. Que sururu, que fuzuê! Se tem trapaça, eu entro de graça E pago pra ver. Que bafafá, que zum-zum-zum! Ganhei no grito e na hora do apito Ficou um a um. Se eu fosse me explicar com a rapariga, Remendar minha cantiga, De que lado que eu ficava? Ficava do outro lado do espelho, Vendo a ponta do novelo Que lá fora se espichava. Ficava dando trela e dando bola, Quando o rolo desenrola Sinto falta do escarcéu. Tinha janela sem tranca e chá de panela, A noiva era manca e a mula donzela, Festança daquela nem mesmo no céu. Tinha galinha de angola e galo de rinha, Entrada de sola, intruso na linha. O olho na zinha, a sopa no mel.