Velha Amiga

Toquinho

Composición de: TOQUINHO-VINICIUS DE MORAES
Silene branca, 
Flor noturna, lua antiga, 
Eu te quero velha amiga 
No teu palco milenar. 
Ao declamar 
Teus loucos versos empostados 
Para os jovens namorados 
Que não têm onde se amar. 

Atriz divina, 
Eterna hippie dos espaços, 
Com a viola nos meus braços 
Hoje eu vou te declarar. 
Que bem me importa 
Abras a porta ao cosmonauta 
Quando eu sinto a tua falta 
Me dás sempre o teu luar. 

Lua vedete, 
Quando surges no teu palco 
É preciso muito álcool 
Pra curtir tua visão. 
Porque assim nua 
Em meio a tanto poeta junto 
Tu me fazes sofrer muito, 
Ai, que dor no coração. 

Ainda me lembro 
Dos ciúmes que eu sentia 
Ao ver Antônio Maria 
Deslumbrado a te mirar. 
Ou sempre quando 
Ao ver cair teu nívio xale, 
O poeta Jaime Ovalle 
Não parava de chorar.

Lua materna, 
Companheira dos boêmios, 
Que em teus brancos seios gêmeos 
Gostam de se embebedar. 
Teu trovador, 
Com muito amor e um grão de arte 
Quer cantar-te uma canção 
Que ninguém nunca ousou cantar. 

É muito triste 
Ver os homens do futuro 
Ir erguendo um novo muro 
No teu solo milenar. 
Por isso hoje 
No teu colo, mãe serena, 
Vim cantar-te a minha pena 
Nesta noite sem luar.
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