Na fazenda Três Limeiras Trabalhava um peão Era o moço mais vistoso Que tinha na região A mulher do fazendeiro Por ele sentiu paixão Mas ele não deu confiança Respeitando seu patrão Ela então pra se vingar, ai, ai Fez pra ele uma traição Essa mulher tão leviana Pro seu marido falou Seu empregado de confiança Hoje não me respeitou O fazendeiro furioso Dois capangas ele arranjou No palanque da mangueira O rapaz, ele amarrou Com o ferro de marcar boi, ai, ai O seu rosto ele marcou Aquele moço marcado Dali desapareceu Mas essa mulher tirana O castigo recebeu Esperava ter um filho Que era o sonho seu Mas quando chegou esse dia O seu lar entristeceu Com o rostinho marcado, ai, ai O seu filhinho nasceu Vendo seu filho marcado Ela não se conformou Sentiu tamanho remorso Que seu crime confessou Seu marido nessa hora Quase louco ele ficou Mas pensando no filhinho Sua esposa perdoou E aquela felicidade, ai, ai Para sempre se acabou O pecado que ela fez Não sai mais da sua mente O espelho do seu erro Ela tem na sua frente Vendo seu filho marcado Com a marca do ferro quente Esse remorso tão grande Ela tem eternamente Que por ela foi marcado, ai, ai Duas almas inocentes