Lá pras bandas de andradina essa história eu vi contar O senhor joão boiadeiro como tinha que viajar Deixou vinte mil cruzeiro pra sua mulher guardar Ela ia ficar sozinha e podia precisar Pra sair fez este aviso: Gaste só no que é preciso Que eu demoro pra voltar Quando ele seguiu viajem ela pegou um caminho E foi falar com seu pai que era o único vizinho Contou que ele viajou mas deixou um dinheirinho Trouxe aqui para o senhor me guardar bem guardadinho Mas o velho arrespondeu só guardo o que é meu Deixe lá em qualquer cantinho Dali ela foi se embora na sua casa se fechou Quando tava escurecendo alguém na porta chamou Ela abriu era um andante que por pouso perguntou Vendo que ele tava armado no dinheiro ela pensou Mas com medo do que dó Mandou dormir lá no paió assim mesmo ele aceitou Lá por cima de umas paia ele mesmo se arranjou E como tava cansado logo no sono pegou Quando foi tarde da noite com barulho ele acordou Era a mulher que gritava depressa ele alevantou Com sua arma embalada Dando com a porta fechada sem demora ele arrombou Quando ele entrou na casa distinguiu na escuridão Que um homem estrangulava a pobre mulher no chão Deu dois tirou no malvado e acendeu o lampião Ela levantou depressa pra ver quem era o ladrão Deu um grito de agonia Vendo seu pai que morria com o dinheiro na mão