Eu conheço um certo alguém Nós se parece de fato Tem gente que até se engana Quando vê nosso retrato Só que ele é malandro Mais arisco que um gato Certo dia ele entrou Num restaurante barato Comeu e bebeu bastante E já foi saindo a jato Parece que por castigo Naquele momento exato Por ali eu fui passando Sem saber desse boato E naquele restaurante Eu fui entrando de gaiato A polícia me prendeu E eu fui pagar o pato, ai, ai Trabalhei um mês inteiro Por eu ser muito esforçado Comendo marmita fria Pra guardar alguns trocado Trabalhava dia e noite Meu serviço era pesado O pilantra passeava Pela rua sossegado No dia do pagamento Eu fiquei adoentado Ele foi no meu emprego Recebeu meu ordenado Quando eu fui pra receber Deu um bafafá danado Chamaro a rádio patrulha E veio um bando de soldado Eu dei coro na polícia Fui ver o Sol nascer quadrado, ai, ai No dia que ele casou Convidou a multidão Eu passeava bem folgado Na avenida São João Eu mexi com uma dona Foi aquela confusão A polícia veio em cima Eu saí num carreirão E na casa do pilantra Tava bonita a função Eu entrei e fui dançar Com a noiva no salão A polícia pegou ele E foi dando pescoção Nesse dia eu me vinguei Desse malandro embruião Eu que fiz Lua de mel Ele dormiu na prisão, ai, ai