Deitada na rua a menina nua ,vendendo seu corpo para qualquer um Sem ter cerimônia e morrendo de insônia, mergulha pra lugar nenhum Deitada na praça, cheirando a cachaça, com o rosto sem graça A menina nua, na nuvem de crack Na sombra do muro, envolta no escuro flutua É a idade do caos, é a idade do mal É a idade do roubo, é a idade do crime A idade do estorvo,onde a vida é irônica É a idade da pedra bubônica E com um pouco de pó, um pouco de fogo Com bicarbonato de sódio O olho piscando, o rosto tremendo e a alma vestida de ódio É a idade das nuvens, é a idade sem cor É a idade sem paz, o dinheiro, a ganância É a idade da nóia, o cavalo de tróia É a idade da pedra bubônica É a idade do roubo, é a idade da morte É a idade da fuga, é a idade da dor É viver sem amor nessa vida satânica É a idade da pedra bubônica