O pingo do meu arreio Foi eu mesmo que domei Arrocinei, enfrenei No estilo do pastoreio Mestre de cancha e rodeio Gateado de toda crina Fogo aceso na retina Que jamais apaga o brilho É o cavalo que eu encilho Nos dias de ver a China Me espicho ao trote chasqueiro Numa toadita de ronda Bombeando a Lua redonda Daquelas de corpo inteiro Talareando o parelheiro Que não precisa de pua Nesta comunhão charrua Entre o gaúcho e o pingo Que adivinha que é domingo E vou rever a chirua Ele conhece o caminho Das outras vezes que veio E vai atirando o freio No rumo certo do ninho E eu me tapo de carinho O coração corcoveando Meio tonto imaginando Um beijo de amor sincero E não falta um quero-quero Pra avisar que vou chegando