Aço frio de um punhal Foi o teu adeus para mim Não crendo na verdade, implorei, pedi As súplicas morreram, sem eco, em vão Batendo nas paredes frias do apartamento Torpor tomou-me todo E eu fiquei sem ser mais nada Adormecido tenha, talvez, quem sabe Pela janela aberta a fria madrugada Amortalhou-me a dor o manto da garoa Esperança morreste muito cedo Saudade, cedo demais chegaste Uma quando parte a outra sempre chega Chorar já lágrimas não tenho Coração, por que é que tu não paras? As taças do meu sofrer findaste É inútil prosseguir Se forças já não tenho Tu sabes bem que ela era a minha vida Meu doce e grande amor