A ferrugem do tempo com rugas na face roubou o teu brilho não tem mais cravos Igual folhas mortas levadas ao vento perdeste teu dono ficaste ao relento Um dia tu fostes espora batida toda a serventia do jovem peão E algum boiadeiro na estrada da vida te fez esquecida no velho mourão O teu tilintar tremido e charmoso orgulho e presença de um tempo caprichoso Servia de aviso no fim da jornada matando a saudade da mulher amada Um dia tu fostes espora batida toda a serventia do jovem peão E algum boiadeiro na estrada da vida te fez esquecida no velho mourão Por quem já servistes nas longas viagens os grandes rodeios e viva coragem Rosas pontiagudas nos pés do tropeiro estrela de prata de um boiadeiro Um dia tu fostes espora batida toda a serventia do jovem peão E algum boiadeiro na estrada da vida te fez esquecida no velho mourão