Junto a minha choça de sapé coberta Eu plantei roseiras em diversas cores Depois de seis meses ficarão crescidas E se revestirão de bonitas flores A minha cabocla toda sorridente Respirava sempre perfumes sutis Assim minha vida era um paraíso Apesar de pobre eu era feliz Uma dessas flores eu a conservava O sonho sublime do meu grande amor Era minha amada de rosto moreno De olhar sereno enfeitiçador Ao findar novembro as flores fugiram Levando o perfume que exalava a aurora A minha cabocla mudou de repente Fez igual as flores, também foi embora Só emitiu um bilhete que deixou escrito Perdão te suplico, peço por favor Preferi deixá-lo embora sofrendo Porém compreendo, não lhe dei o amor Ficou tão deserta a minha chocinha Sem amor, sem flores, que desilusão Como eu gostaria que ela voltasse E me suplicasse a lhe dar perdão Eu lhe peço perdão, amor