Lembrar Deixe-me lembrar Meus tempos de rapaz No Brás Nas noites de serestas Casais enamorados E as cordas de um violão Cantando em tom plangente Aqueles ternos madrigais Sonhar Deixe-me sonhar Lembrando aquele amor Fugaz Numa sombra envolta na penumbra Por trás da vidraça Faz um gesto lânguido E cheio de graça Imagem de um passado Que não volta mais Tão somente, Numa recordação Restou daquele grande amor Daquelas noites de luar aquela juventude em flor Hoje os anos correm muito mais E as noites já não tem calor E uma saudade imensa, É tudo o quanto resta Ao velho trovador.