Anda depressa, ó, Elvirinha Já chegou a camioneta Pega na cesta e vem asinha Vamos é pôr-nos na alheta O pão-de-ló não dispenso Nem o arroz de cabidela Não há quem faça um farnel tão bom Não há mulher como ela Vem passear, Elvirinha, vem Tens um lugar à janela Portugal que eu desconheço Em permanente excursão No caminho em que tropeço É que eu meço a solidão Solidão de andar parado, ai Sou um motor em viagem Será que vem? Será que vai? É só questão de embraiagem Anda, Elvirinha, anda, meu bem Segura na melancia Se não te importas traz-me também O arroz doce da tia Não te esqueças da mantinha Nem do banco desdobrável Traz Elvirinha, traz a sombrinha Que o campo é descapotável Ai, Elvirinha, traz a sombrinha Que o tempo está variável Portugal que eu desconheço Em permanente excursão No caminho em que tropeço É que eu meço a solidão Solidão de andar parado, ai Sou um motor em viagem Será que vem? Será que vai? É só questão de embraiagem Anda, Elvirinha, p’ra camioneta Já vejo a nossa comadre E mais a outra da roupa preta Que é irmã do senhor padre Temos bela companhia Que excursão tão porreirinha Mas o que é isto? A tua tia? Não me disseste que vinha? Se for com ela estraga-se o dia Volta p’ra casa, Elvirinha Não vou á bola com a tua tia Volta para casa, Elvirinha Ficas em Casa, Elvirinha Ficas comigo, Elvirinha Vamos p’ra casa, Elvirinha Ai que domingo, Elvirinha