Eu não caio do cavalo nem do burro e nem do galho Ganho dinheiro cantando a viola é meu trabalho No lugar onde tem seca eu de sede lá não caio Levanto de madrugada, e bebo pingo de orvalho..... ......Chora viola ________ Viola que não presta, faca que não corta Se eu perder pouco me importa O cabo da minha enxada era um cabo bacana Não era de Guatambu era de Cana Caiana Um dia lá na roça me deu sede toda hora Chupei o cabo da enxada e joguei a enxada fora Enxada que não presta, faca que não corta Se eu perder pouco me importa A fazenda do meu sogro faz divisa com a minha Presente de casamento ele me deu, pois eu não tinha Com este casamento fiquei rico derrepente Casei com sua fazenda e trouxe a moça de presente Casamento que não presta, Faca que não corta Se eu perder pouco me importa ________ Minha gente dá licença eu quero chegar cantando Quero chegar com sorriso não quero chegar chorando Eu venho de muito longe do Estado Paraibano Eu gosto da Paraíba, mas sou piracicabano O estado de Goiás belezas não tem igual Onde está nossa Brasília, a capital federal Fecho com chave de ouro despedindo dos goianos Meu povo pode contar com esse piracicabano ________ Gavião da minha foice não pega pinto Também a mão de pilão não joga peteca O cabo da minha enxada não tem divisa As meninas dos meus olhos não tem boneca A bala do meu revólver não tem açucar No cano da carabina não vai torneira A porca do parafuso nunca deu cria Na casa do João de Barro não tem goteira Cachaça não dá rasteira, derruba gente A lingua da fechadura não faz fofoca Pra fazer este pagode não foi brinquedo Eu me virei do avesso e não sou pipoca ________ As flores quando é de manha cedo, com seu perfume no ar, exala A madeira quando está bem seca, deixando no sol bem quente, estala Dois baianos brigando de facão sai fogo quando o aço, resbala Os namoros de antigamente, se espiava por um buraco na sala